quarta-feira, 18 de julho de 2012

Estranha coincidência com um estranho conhecido

andando sem olhar para trás e com toda a pressa para não me atrasar, o horário era apertado, eu não podia parar. nesse momento totalmente inoportuno ele veio e mexeu comigo, fiz que não vi, quer dizer, não quis ver. ele insistiu e eu não podia parar mas meu instito não tem compromisso e me virou. eu o vi sem saber quem era, o rosto era familiar, mas de onde? das ruas sujas da cidade, de filas de banco, de passeios de ônibus... de onde seria aquele rosto?
quando dei por mim já estava conversando e ele me contando da sua vida particular... estranho, para quem acha graça em rotina.... eu não sei, vivi aquele momento sem pensar em nada...
o estranho falou, falou e falou... quando acabou seu assunto era minha vez e do que iria falar?! o que eu poderia dizer-lhe, ele era um estranho... parei, pensei e quando vi falava do trânsito da cidade, do trabalho estressante e dos meus compromissos... quando não havia mais saída e eu precisava ir, el pegou minha mão e, em uma tentativa doce e infeliz de obter carinho, me pediu um beijo... neguei.
nunca mais vi esse estranho e há pouco tempo lembrei de seu rosto e de onde pertencia. ele era um dos sorrisos que sempre vi nas ruas de um campo rural mal tendo trocado um oi... foi bom rever um rosto sorridente de um tempo de sinceros sorrisos... uma pena foi ver a carência desse ser, que sem pensar usou do momento para tentar salvar-se da rotina... não o correspondi, não podia, porém a doçura de sua presença fez do meu horário atraso e da minha rotina sorriso.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Efêmera.
Essa nossa trama é talvez a coisa mais acabada de nós mesmo. Nossa sintonia embaixo desse monótono transito de insetos nos faz mais zombadores do que o zumbido deles. Viro o olho e vejo em mim mesma a menina que nunca cresceu e que só quer se balançar na arvore. E você aqui do meu lado, esse sol brilhando, esse gosto de final de tarde e a brisa do tempo.
O tempo não nos dá mais tempo para usá-lo da melhor maneira. Devagarinho vamos inventando nossa estória ou história de você para mim e de mim para você. Saindo assim, quem lê pensa que há loucura em quem escreve e quem escreve só quer escrever para quem não tem compromisso de ler coisa séria.
Se tudo é monótono por que tenho eu de ser séria... e se estamos deitados com esse sol e essa brisa para que eu vou me importar com os outros onde quer que eles estejam, estando você comigo quem se importa com o resto?


inspiração.. tulipa ruiz, amor, felicidade, paz e leveza